Ser de esquerda é acreditar num mundo utópico, mesmo que ele às vezes pareça não existir. É saber que só estamos buscando o que muitos morreram para que cada vez cheguemos mais perto.
Ser de esquerda é ter coragem de falar enquanto não se esforçam para ouvir. É amar a poesia enquanto mercantilizam o ódio. É fazer da luta um romance, e da vida, uma biblioteca.
Ser de esquerda é amar a Mãe Natureza e não o Deus Dinheiro. Harmonizar o meio à sua volta sem mudar o seu posicionamento. É converter as coisas simples na fonte suprema de inspiração e razão insofismável de sempre agüentarmos um pouco mais.
Ser de esquerda é ter urgência na resolução dos problemas, porque o povo sofre desde sempre, e cada segundo a mais é muito tempo. A eficiência para semear é tão virtuosa quanto a paciência para colher.
Ser de esquerda é procurar nas piores correntezas, o vento que precisamos para seguir contra a maré. É amar a música do povo, e não a música para o povo. É respeitar todas as culturas, e saber que conhecê-las é uma das formas mais eficazes de resistir às domesticações.
Ser de esquerda é ter motivo para viver e para morrer, para sorrir e para chorar, para ficar e para partir, mesmo que as pessoas próximas, que tanto estimamos, não compreendam no momento. E o momento haverá de nos compreender.
retirado de Andre Ebner
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Ser de esquerda é...
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Ana.
às 13:56
1 comentários:
É isso!
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